O dia de hoje foi marcado pela primeira reunião da mesa de negociação com a comissão que elaborou a proposta de plano de carreira para os servidores do Poder Judiciário. A mesa permanente de negociação é um pleito defendido pelo sindicato desde a apresentação do plano, quando a comissão divulgou que haveria apenas dois encontros com as entidades e duas audiências públicas. Demonstrando abertura ao diálogo e respeito ao trabalho das entidades que representam os servidores, a primeira reunião se debruçou sobre dois pontos principais: a extinção de centenas de cargos e de substituições de cargos vagos, bem como os desdobramentos financeiros e orçamentários decorrentes dessas propostas. A dinâmica a ser adotada para os debates e os temas estarão de acordo com o ofício nº 48, enviado pelas entidades que atuam conjuntamente.
O Sindjus defendeu que nenhum cargo deva ficar sem a devida valorização e que promover extinções é uma grande injustiça com os servidores, apresentando alternativas e escutando as justificativas da comissão, que, na maior parte, são sobre a questão financeira e orçamentária. Após o debate, a comissão demonstrou que está à disposição para receber uma proposta alternativa que viabilize a não extinção e não gere aumento de despesas, que será apresentada pelas entidades. Outro ponto abordado na reunião foi sobre a extinção de substituição de cargos vagos e de servidores ausentes em razão de férias, licenças etc. A explicação da comissão é de que o encerramento do pagamento dessas substituições possibilitará lastro financeiro para a implementação imediata do plano, e que em sua maioria será destinada à criação de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas. Também foi discutida a possibilidade de enquadramento para cargos de ensino fundamental e questões envolvendo os chefes de cartório, escrivães, distribuidores, distribuidores-contadores, médicos e guardas de segurança.
De acordo com o coordenador do Sindjus, Fabiano Zalazar “não é justo com os trabalhadores que sejam retirados seus direitos sobre nenhuma justificativa. Estamos discutindo a valorização do quadro efetivo que abranja a todos e a possibilidade de negociação que está sendo aberta agora pela comissão nos permitirá encontrar convergências para melhorias na proposta.” Zalazar finalizou elogiando a postura democrática da comissão do TJ até então e convocando toda a categoria para que participem das atividades promovidas pelo sindicato, solicitando que tenham paciência, pois a mesa de negociações está aberta, mas que mantenham sempre a disposição de luta para os enfrentamentos necessários.