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No dia 14 de novembro, data que marcou os 180 anos do Massacre de Porongos, o movimento sindical realizou uma  atividade de memória no Cerro dos Porongos, localizado no município de Pinheiro Machado, sul do Estado.

A abertura foi marcada pelos sons de tambores e uma reza, conduzida pelo Pai Baiano de Oxalá Dakun, em honra aos nomes e memórias dos lanceiros e dos antepassados.

A atividade trouxe depoimentos fortes que expuseram o apagamento histórico do povo negro, como o silenciamento em torno do Massacre de Porongos. Moradores locais compartilharam relatos sobre como essa tragédia é ignorada na narrativa oficial, já que a história verdadeira não é contada nas escolas do município. Neste sentido, a prefeitura de Pinheiro Machado, em parceria com os organizadores do evento, se comprometeu com a transformação do local em um memorial, para que a história continue sendo contada.  

Durante as manifestações, também foi destacado o papel das pessoas brancas na luta antirracista. Luiz Mendes, integrante do CIRS/Sindjus, reforçou: “O racismo foi criado pelos brancos, então cabe a eles também acabarem com ele.”

A memória dos lanceiros negros, homens escravizados que lutaram por liberdade e foram traídos, resiste como força e inspiração para a luta por justiça racial. Hoje, o compromisso é claro: a história não será apagada, e a luta seguirá viva!

A ação integrou o Novembro Unificado Antirracista Sindical, organizado pelo SindjusRS e seu Coletivo pela Igualdade Racial, em parceria com Semapi, Sindiserf, Sintrajufe, Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT/RS, Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, CPERS Sindicato (Coletivo de Igualdade Racial e Combate ao Racismo e 24º Núcleo), Sindicato da Alimentação de Pelotas, Policiais Antifascistas e Movimento Negro Unificado (MNU).

Lanceiros negros: heróis do Rio Grande