Os dirigentes do Sindjus/RS e demais sindicatos e entidades do setor público ocuparam as ruas em Porto Alegre nesta quarta-feira (18/8) para dizer não à Reforma Administrativa e alertar a sociedade dos riscos para a prestação de serviços públicos caso a PEC 32 seja aprovada.
O dia de greve geral foi marcado por muita chuva e vento na Capital gaúcha, mas os trabalhadores e trabalhadoras do setor público mostraram força e mobilização para lutar contra a Reforma Administrativa e a destruição dos serviços públicos.
Ato no HPS
A primeira atividade do dia de luta, realizada em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), teve uma representatividade histórica. O local é um dos símbolos da saúde pública de Porto Alegre, que é uma das áreas que será duramente afetada com a terceirização, caso a Reforma Administrativa não seja barrada no Congresso Nacional.
Do local, o Sindjus/RS participou do Ato Virtual transmitido pela Fenajud. O coordenador da Fenajud na Região Sul e diretor de Comunicação do Sindjus/RS, Emanuel Dall’Bello, fez uma entrada ao vivo da manifestação, destacando a presença plural das diversas entidades. “A gente vai lutar até o fim contra essa PEC, e até o dia acabar, nós estaremos com as nossas bandeiras nas ruas”.
Neste sentido, Emanuel também falou da importância dos dirigentes se colocarem à disposição da população para esclarecer as dúvidas, além de citar a importância da produção de conteúdos em diversos formatos e linguagens, explicando como a PEC 32 vai impactar a população: “A gente precisa explicar que a Reforma não afeta só os serviços públicos, mas que é uma mudança estrutural, que retira direitos da população. Precisamos fazer esse trabalho de base”.
O coordenador-geral do Sindjus/RS, Fabiano Zalazar também destacou a necessidade de diálogo com a sociedade: “Estamos aqui, em frente ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, fazendo um grande movimento neste dia de luta. É muito importante dialogar com toda população, alertando para os riscos dessa Reforma Administrativa, pois não se trata apenas dos direitos dos servidores e das servidoras, mas sim o fim dos serviços públicos que prestamos ao povo brasileiro”.
Vigília no Palácio Piratini
À tarde, a mobilização seguiu com atividades no centro da cidade. Em vigília realizada na frente do Palácio Piratini, sede do Executivo estadual, os manifestantes revezaram-se ao microfone em falas de denúncia sobre os prejuízos da PEC 32 para toda a sociedade. “Os servidores e servidoras são quem faz chegar as políticas públicas à população brasileira. A reforma administrativa é uma ameaça a todos porque vai dificultar o acesso aos serviços públicos”, alertou o coordenador-geral do Sindjus, Fabiano Zalazar.
Esquina Democrática
Ao final da tarde, um grande ato na Esquina Democrática reuniu os manifestantes numa caminhada pelo centro da cidade para encerrar o dia de lutas contra a reforma administrativa.
Interior
Servidores e servidoras de várias comarcas do estado aderiram à paralisação chamada pelo Sindjus e realizaram manifestações com faixas em frente aos locais de trabalho.
Protestos contra a reforma administrativa multiplicaram-se pelo país nesta quarta-feira de greve geral do serviço público. Atos em 20 estados foram registrados pelas centrais sindicais. Na capital federal, centenas de pessoas participaram da manifestação para pedir apoio da população e sensibilizar congressistas a fim de que votem contra a Proposta de Emenda à Constituição.
A previsão é de que o parecer sobre a PEC seja apresentado à Comissão de Serviços Públicos da Câmara dos Deputados ainda no mês de agosto, segundo anunciado pelo relator, deputado Arthur Maia (DEM/BA).
