As mobilizações contra a PEC 32 em Brasília e em diversos estados continuam semana após semana e se intensificam, dificultando ainda mais os planos governistas de agregar votos para aprovação da matéria que visa destruir o serviço público. Na representação dos servidores do Judiciário gaúcho, o Sindjus tem marcado presença nas atividades no RS, nas ruas da capital federal e na Câmara dos Deputados, onde tramita a proposta.
Na última semana, os diretores Valter Macedo e Joseane Bronizaki integraram as manifestações realizadas em diversos pontos de Brasília, e participaram de agendas com parlamentares. Em reunião articulada pelo sindicato com o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), atuaram representando também a Fenajud. No encontro, o parlamentar destacou a importância das centrais sindicais e dos movimentos sociais na organização da classe trabalhadora e no enfrentamento à PEC 32. Segundo o deputado, as atividades de mobilização e de pressão têm sido decisivas para atrapalhar o lobby favorável e a compra de votos necessários para a aprovação da proposta. “O cenário está mostrando a importância dessa unidade que vemos aqui em Brasília, em que a força dos trabalhadores pressiona o poder político. Não é hora de arrefecer, mas de intensificar a luta, que está surtindo efeito”, pontuou Macedo.
Estratégia
A conjuntura tem ainda como pontos favoráveis o desgaste do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que nesta quarta-feira (20) sofreu uma derrota ao não conseguir a aprovação em plenário da PEC que previa alterações no Conselho do Ministério Público. Outro tema que ocupa as atenções dos governistas é a PEC dos Precatórios, que tem ofuscado outras pautas e que deve protagonizar o debate nas próximas semanas, o que possibilita postergar o debate da reforma administrativa para o ano que vem, quando, segundo Molon, não haverá ambiente político para sua aprovação.
“Hoje a avaliação é que a PEC 32 perdeu força e o governo tem sofrido derrotas importantes, o que só mostra a importância de seguirmos a pressão constante em Brasília e nas bases eleitorais dos deputados federais, e os sindicatos têm papel fundamental na condução desse enfrentamento”, pontuou a diretora de Patrimônio e Finanças, Joseane Bronizaki.