O Coletivo de Mulheres (Não Me Calo) e o Coletivo pela Igualdade Racial do Sindjus (CIRS) manifestam apoio às deputadas Célia Xakriabá (Psol-MG), Sâmia Bomfim (Psol-SP), Talíria Petrone (Psol-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Juliana Cardoso (PT-SP), covardemente atacadas pelo Partido Liberal (PL) por meio de processo instaurado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Por sua postura combativa contra o Marco Temporal em defesa dos povos indígenas, as parlamentares enfrentam a chamada violência política de gênero, promovida por deputados cuja atuação tem se pautado por ataques às minorias e movimentos sociais, à democracia e à própria dignidade política. Refúgio de viúvos do bolsonarismo, o PL reúne em seus quadros o que há de mais conservador e retrógrado na política brasileira. Ao acompanhar os trabalhos parlamentares, é possível entender o motivo; o teatro misógino e racista, eivado de incoerência e intolerância, encontra a resistência das deputadas, mulheres de luta que respondem com trabalho sério na defesa dos direitos humanos, da verdade e da justiça.
Se por um lado o discurso fácil do ódio e das fake news se prolifera nas redes sociais, na esfera do debate político sério ele não se sustenta, e a fragilidade e incapacidade de lidar com a vida real e com a presença cada vez mais forte das mulheres, negras, negros e indígenas na política, movem a covardia por trás dessa representação. Derrotados na última eleição e inconformados com a resposta do povo brasileiro aos horrores do último governo, os representantes dessa classe estão dispostos a fazer da Câmara dos Deputados um circo dos horrores ao tentar inviabilizar e silenciar as vozes contrárias, num claro desprezo pela democracia. Mas serão novamente derrotados!
É nosso dever, como defensoras e defensores do estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e da justiça social, sair em defesa das parlamentares e reforçar a luta contra a covardia e as tentativas de intimidação e silenciamento. Não passarão!