O desembargador Alberto Delgado Neto tomou posse como presidente do Tribunal de Justiça do RS (TJRS), nesta quinta-feira (1/2) e estará à frente da Corte no biênio 2024/2025.
A direção do Sindjus acompanhou a cerimônia, atenta ao discurso de posse do magistrado, e destacou a importância de que o novo momento no Judiciário gaúcho seja marcado pelo diálogo e pela construção coletiva. E como primeira ação de articulação institucional, já solicitou uma audiência com a nova Presidência.
“Esse ano será essencial para os servidores e servidoras, pois temos a revisão do Plano de Carreira. A nossa expectativa é que o presidente Delgado, com o amplo conhecimento da estrutura do Tribunal, consiga trazer um olhar mais humanizado e avance em relação aos problemas e dificuldades enfrentadas pela categoria”, destacou o coordenador-geral do Sindjus, Osvaldir Rodrigues.
Além de Delgado, também foram empossados o 1º vice-presidente, Ícaro Carvalho de Bem Osório; o 2º vice, Sérgio Miguel Achutti Blattes; a 3ª vice, Lusmary Fátima Turelly da Silva; e a corregedora-geral da Justiça, Fabianne Bretton Baisch.
Discurso de posse
A cerimônia de posse da nova Administração do TJRS foi transmitida ao vivo. No discurso, Delgado destacou a trajetória profissional, em que atuou em diversos cargos e funções, fora e dentro da estrutura do Judiciário.
Falou sobre a responsabilidade e importância do Poder Judiciário no contexto político-institucional, destacando o trabalho integrado que foi decisivo em situações extremas, como o contexto da pandemia, sem que isso comprometesse a autonomia das instituições e poderes.
Num momento da fala dirigido às pessoas que compõem o Poder Judiciário, apontou para “atração e manutenção de talentos no quadro”, a fim de garantir eficiência, produtividade e a finalidade principal, “resultados mais positivos para os cidadãos”.
Pontuou, ainda, que o momento requer uma “fase de resguardo da humanização”, uma vez que as transições tecnológicas pela mudança de paradigma no trabalho desempenhado no Judiciário estão em fase de finalização: “nosso foco são as pessoas, suas angústias, dificuldades, problemas urgentes e injustiças; para tanto, nossos servidores e magistrados devem ser vistos como pessoas, para bem desenvolverem seu trabalho”.
A fim de atender a esse preceito, será necessário, segundo o novo presidente, “ouvir a todos, capacitar para o novo mundo virtual, entregar mecanismos de cumprimento das funções com tranquilidade, reorganizar a força de trabalho com foco no atendimento à população e no gabinete dos magistrados por conta das automações das atividades-meio”, desafios complexos que devem ser enfrentados. E defendeu em sua fala, por fim, o “serviço público de qualidade, profissionalizado e bem remunerado”.