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O Sindjus realizou nesta sexta-feira (7/7) o segundo encontro do Ciclo de Debates sobre “Tecnologia, virtualização e precarização do trabalho no TJRS”. A reunião virtual teve como pauta as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores e trabalhadoras na Central de Cálculos (CCalc). 

Durante a atividade, os servidores relataram as dificuldades em relação às ferramentas e sistemas disponibilizados para a realização dos cálculos judiciais, apontaram que as metas são irreais e inadequadas para a complexidade das atividades e que, mais uma vez, a Administração do Tribunal de Justiça (TJRS) está impondo mudanças sem diálogo.

Neste sentido, servidores e servidoras presentes na reunião destacaram que a dificuldade de conciliar a meta estabelecida pelo Tribunal com a complexidade exigida em determinados cálculos judiciais. “Não é possível estabelecer metas semanais se tem cálculos complexos que podem levar vários dias”, destacou uma pessoa que participou da reunião.

A questão da falta de ferramentas adequadas também foi apontada pela categoria, assim como a necessidade da realização de treinamentos para questões específicas. “As ferramentas que o Tribunal não disponibiliza para fazer os cálculos, não são adequadas e demandam muito tempo para inserir as informações”, sinalizou outra pessoa.

Nas manifestações feitas durante a reunião, também foi apontada a questão da jornada de trabalho e como as várias horas no computador utilizando duas telas estão afetando a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, tanto no trabalho remoto, com maiores dificuldades até relatadas, como no presencial.

 

Reunião na Corregedoria

A reunião também debateu a questão das FGs de Gestor Judicial II das Contadorias, todas da entrância inicial, que não ficarão mais à disposição das Direções dos Foros, mas sim da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), o que vem causando enorme apreensão nos colegas que executam essas tarefas e têm toda uma vida desempenhado essas atividades, bem como um planejamento financeiro familiar nesse sentido.

Em visita nessa semana à CGJ, o Sindjus obteve a informação que ainda não há prazo para a concretização dessa medida e que todas as comarcas terão o seu caso analisado individualmente, com a manutenção dos servidores e servidoras nas suas funções.

Na visita, a entidade manifestou a preocupação com a ausência de construção e mais informações prévias junto aos principais atingidos sobre essas iniciativas, reiterando os pedidos por mais diálogo com a CGJ e a Administração em geral quanto a tais mudanças. O Sindjus também estuda medidas que possam ser manejadas para evitar prejuízo aos servidores nessa situação.

O Ciclo de Debates tem como objetivo ouvir a categoria sobre as dificuldades enfrentadas no processos sem diálogo impostos pelo TJRS e que representam uma reforma administrativa e tecnológica. Ao final de quatro encontros temáticos, o Sindjus vai elaborar uma pauta de reivindicações.