Estamos a poucos dias da eleição mais importante desde o início do período democrático no país. Em outubro, o Brasil todo vai às urnas com a chance de mudar o curso da política atual e buscar um caminho de esperança e reconstrução. As últimas pesquisas eleitorais apontam que a maioria da população está imbuída deste sentimento, pelo menos no que diz respeito à mudança do governo federal. No Rio Grande do Sul, entretanto, os candidatos mais bem colocados ao Governo gaúcho nos levantamentos são duas faces da mesma moeda, dois representantes da política neoliberal inimiga da classe trabalhadora.
Favorito nas pesquisas, o ex-governador Eduardo Leite foi responsável pelos mais recentes ataques às instituições públicas e aos direitos dos servidores. Seu governo foi marcado por privatizações, cortes em investimentos públicos e arrocho salarial. Não podemos esquecer que Leite com o aval dos deputados da base aliada foi o responsável pela reforma da previdência, que aumentou as alíquotas dos aposentados e penaliza os servidores estaduais com o desmonte da previdência. Apesar de não manifestar explicitamente apoio ao atual presidente da República, Leite implementou em seu governo diversas medidas que seguem a mesma lógica da gestão bolsonarista de virar as costas para o povo.
Segundo colocado, Onyx Lorenzoni é bem conhecido do eleitorado gaúcho. Exerceu diversos mandatos legislativos e, no governo Bolsonaro, sempre foi um dos mais fiéis apoiadores das ações e medidas catastróficas do presidente. Apesar de ter sido ministro de Bolsonaro, nos momentos em que assumiu o mandato na Câmara Federal, segundo levantamento do Diap, votou 100% contra os trabalhadores, votando favorável à reforma da previdência federal e à penhora de imóvel como garantia de empréstimo. Além disso, assumiu publicamente ter cometido crime de “Caixa Dois”, mas nunca chegou a responder pelo ilícito.
Eduardo Leite e Onyx Lorenzoni são faces da mesma moeda: a da destruição dos serviços públicos e do estado mínimo. No próximo dia 2 de outubro, data do 1º turno das eleições, temos escolha. Precisamos levar ao 2º turno uma candidatura comprometida com os processos democráticos e com o entendimento que valorizar os servidores e os serviços públicos significa também assegurar à população gaúcha os seus direitos essenciais. Temos força e o voto de cada uma e cada um pode ser decisivo para o futuro do nosso Estado.