Na manhã desta quinta-feira (11), cerca de 1500 estudantes secundarista, centrais sindicais e sindicatos caminharam lado a lado nas ruas de Porto Alegre em defesa das eleições livres, da democracia, da educação e dos serviços públicos.
As mobilizações ocorreram em virtude do Dia Nacional do Estudante. Na mesma data, diversas cidades do Brasil registraram a leitura da Carta aos brasileiros(as) em defesa do Estado Democrático de Direito. O ato dos estudantes e das centrais sindicais se encerrou no Palácio Piratini, com manifestação contra os governos neoliberais que retiraram direitos dos servidores e reduziram os serviços públicos nos últimos anos.
“Foi lindo ver essa energia militante em unidade, em defesa da democracia e de eleições livres, da educação e contra o desmonte do estado que segue a todo vapor no atual governo. E acima de tudo, bradamos todos juntos, ditadura e golpe, nunca mais!”, referiu o secretário-geral do Sindjus, Fabiano Zalazar.
A destruição das estruturas públicas e a carestia aumentaram de modo drástico no Brasil devido à política econômica do atual governo, agravada pela pandemia do coronavírus. São mais de 23 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza no Brasil. Somente no orçamento da União em 2022, a Educação sofreu um corte de 740 milhões de reais. Na Saúde, somente na FioCruz, responsável pela pesquisa científica do país, houve redução de 11 milhões de reais em relação ao valor destinado no ano anterior.
Sistematicamente, o presidente que foi eleito durante 25 anos pelas urnas eletrônicas questiona o sistema eleitoral brasileiro, por tabela criticando os serviços e os servidores públicos que exercem suas funções na Justiça Eleitoral. A ameaça de um golpe de estado ronda o ambiente político brasileiro e a estabilidade democrática, conquistada depois de décadas de um regime de exceção, corre risco.
“Precisamos dar um basta nos retrocessos sociais, elegendo candidaturas que defendam os interesses dos trabalhadores, em específico no nosso segmento dos serviços públicos. Nunca perdemos tanto como na última década com os governos neoliberais no Estado e no País. E além disso, precisamos defender a democracia brasileira” pontuou Jodar Pedroso Prates, presidente do Simpe, presente no ato.
O Sindjus conclama todos os servidores e as servidoras da Justiça a fazerem essa reflexão sobre o seu voto e o futuro do país. Está nas nossas mãos a decisão da continuidade de um projeto de desmonte do estado e de destruição das estruturas públicas ou a retomada do projeto de desenvolvimento no país com a redução das injustiças e das desigualdades sociais cada vez mais gritantes.
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