O relator da PEC 32 na Comissão Especial, Arthur Maia (DEM/BA), retirou o relatório após os líderes partidários e deputados apontarem inconsistências e discordâncias com o texto. Essa também uma vitória dos servidores e servidoras, que lotaram as ruas de Brasília e os corredores da Câmara para pressionar os parlamentares pelo #PEC32Não.
Mas a luta não acabou: a votação na Comissão Especial está prevista para a próxima semana.
A Fenajud e o Sindjus, em conjunto com os sindicatos dos estados, convocam a base para continuar a mobilização contra a PEC 32.
Como foi a articulação
A Comissão Especial da PEC 32/2020 na Câmara dos Deputados deve realizar a leitura do parecer do deputado Arthur Maia (DEM-BA) na próxima terça-feira (21). Os dirigentes de sindicatos de base filiados à Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) estiveram no local e tentaram acessar as dependências da Câmara para acompanhar os debates, porém foram impedidos inicialmente pela segurança da Casa. Ainda assim, os coordenadores e diretores das entidades permaneceram vigilantes, em defesa do serviço público e contra os desmontes propostos.
A mudança de data se deve também à pressão sobre os deputados feito pela Federação, no âmbito do “Ocupa Brasília”, com a presença de dezoito delegações formadas pelos sindicatos: SINDJUS/RS, SINJAP; SINDIJUS-PR; SINDJUSTIÇA-GO; SINTAJ-BA; SINTAJ-PB; SINJUR-RO; SINJUSC; SINDJUSTIÇA-CE; SINDIJUS-MS; SINDIJUS-SE; SINDJUD-PE; SERJUSMIG; SINDJU-PA; SINJUS-MG; SINDJUSTICA-RN; SINDIJUDICIÁRIO-ES; e SERJAL. O grupo trabalhou intensamente durante os três dias contra a reforma administrativa.
O presidente da comissão, deputado Fernando Monteiro (PP-PE), realizou uma reunião dos coordenadores dos partidos às 10h. Depois os dirigentes foram informados que o relator Arthur Maia (DEM-BA) vai retirar o complemento de voto apresentado nesta quarta (15). O parlamentar irá apresentará um outro complemento de voto até às 18 desta sexta (17). Os partidos terão até às 18h de segunda (20) para apresentar os destaques ou substituição dos mesmos.
A discussão sobre texto foi encerrada nesta quarta-feira (15), com a presença de apenas deputados da oposição. Alguns chegaram a reclamar da ausência de parlamentares da base governista. As principais críticas feitas pela oposição, que quer adiar a votação do parecer, são os dispositivos que permitem o aumento de contratações temporárias e os instrumentos de cooperação com a iniciativa privada. Os parlamentares temem que essas mudanças levem à redução dos concursos públicos e à diminuição de servidores estáveis.
A proposta já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, onde teve a admissibilidade aprovada. Depois que tiver sua análise concluída na comissão especial, o texto seguirá para o Plenário, onde precisa ser votado em dois turnos. Por isso, a Fenajud tem convocado a base para pressão contra a PEC 32 nos estados.
A pressão PRECISA continuar, pois o futuro dos serviços públicos está em jogo!
📢Participe da luta e pressione os deputados e deputadas da tua região: http://bit.ly/lute-contra-PEC32
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Com informações Comunicação/Fenajud