Dezenas de servidoras e servidores estiveram na tarde desta segunda-feira (11) no Tribunal de Justiça do Estado para acompanhar a sessão do Órgão Especial. A categoria está em greve há 49 dias. Na abertura da sessão, o presidente do TJRS, desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro, fez um longo discurso sobre a greve dos trabalhadores do Judiciário, declarando novamente que sempre esteve aberto ao diálogo e citando as oportunidades em que encontrou-se com representantes sindicais.
Sobre a pauta de reivindicação dos servidores, destacou ser favorável à equiparação do auxílio-refeição, mas ressaltou o impacto orçamentário da medida e pontuou a necessidade de projeto de lei sobre o tema, assim como o pleito dos oficiais de justiça para majoração do auxílio-condução. Sobre os descontos aos servidores pelos dias parados, reiterou ser impossível a anistia, como vem sustentando desde o primeiro encontro com o sindicato sobre a greve, mas considerou a possibilidade de compensação ao término do movimento.
“Apesar de insistir que esteve aberto ao diálogo e realmente ter recebido a categoria, o presidente jamais comprometeu-se com nenhum dos pontos de nossas reivindicações. Ouviu nossos pleitos mas não deu nenhum sinal de avanço, apenas evasivas e justificativas. Essa disposição para receber não pode ser confundida com disposição para negociar. É o que queremos e precisamos, negociar. Precisamos de algo concreto para levar à nossa categoria, que vai definir nesta semana o destino de nosso movimento, pontuou o coordenador geral do Sindjus. Fabiano Zalazar.
Nova reunião entre a Administração e os representantes dos servidores está marcada para esta terça-feira (12); o presidente do Tribunal deve participar do encontro. Na quinta-feira (14), será realizada assembleia geral para que a categoria delibere sobre os rumos da greve.