Dirigentes de entidades representativas dos servidores da Justiça do RS foram chamados nesta quarta-feira (6) para reunião com representantes da Administração do Tribunal de Justiça. Na ocasião, foram apresentados novamente os principais pontos da pauta de reivindicações do movimento grevista. Participaram da reunião o diretor Geral do TJRS, Ivandre Medeiros; a sub-diretora geral Simone Curth Farias; os juízes assessores da Presidência, Daniel Sturmer e Ricardo Berndo; o coordenador-geral e o diretor de política e formação sindical do Sindjus, Fabiano Zalazar e Marco Velleda; os diretores da Abojeris Sirlan da Rosa Cruz e Hélio Martins e os diretores da ASJ, Paulo Olympio e Paulo Chiamenti.
Os dirigentes listaram os pleitos prioritários: o estudo de um Plano de Carreira, Cargos e Salários, a isonomia na concessão do auxílio-refeição para os servidores, a majoração do auxílio-condução para oficiais de Justiça e a devolução dos salários descontados dos trabalhadores que aderiram à greve. O encontro se deu em caráter preliminar; nova reunião será realizada nesta sexta-feira (8) com a presença do 3º vice-presidente do Tribunal, desembargador Túlio Martins.
O coordenador geral do Sindjus, Fabiano Zalazar, destacou que este passo foi um avanço importante e ocorre oportunamente na semana da conciliação promovida pelo Tribunal. “Nossa pressão rendeu frutos e a Administração finalmente decidiu fazer esse gesto de conciliação. Falta muito ainda, mas esse é um momento emblemático para nossa luta“, pontuou. Para o diretor de política e formação sindical, Marco Velleda, a continuidade da greve após a conquista da rejeição do PL 93/2017 na ALRS foi decisiva para o avanço das tratativas com o Tribunal. “Nossa categoria está de parabéns pela coragem de continuar a greve num momento tão difícil. A derrubada do PL 93 foi apenas a primeira vitória e, por isso, precisávamos permanecer mobilizados. Este resultado mostra a importância de nos mantermos unidos e firmes na luta”, concluiu.
Em greve há 45 dias, os trabalhadores da Justiça seguem mobilizados em mais de 70% das comarcas do estado, na maior paralisação da história do Judiciário gaúcho.