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Dirigentes do Sindjus reuniram-se com a coordenação das Centrais de Cálculos e Custas Judiciais (CCalc) do Tribunal de Justiça (TJRS) para tratar das novas tecnologias e o seu impacto na vida e no trabalho dos servidores e das servidoras da Justiça.

Desde sua implementação, em 2022, a CCalc trouxe inúmeras mudanças na dinâmica de trabalho dos trabalhadores e das trabalhadoras que anteriormente desempenhavam suas funções nas Contadorias dos Foros, através de uma nova abordagem para quem atua nesses setores. Atualmente, a CCalc trabalha com uma demanda de 50 mil processos e 130 servidores e servidoras em atuação, com cálculos e contas de custas de diversas complexidades.

Os servidores e as servidoras que atuam na CCalc aguardam que a Corregedoria-Geral de Justiça publique um parecer, já aprovado, que prevê dedicação exclusiva para as atividades do setor. Dessa forma, o atendimento presencial nos fóruns, a emissão de certidões cíveis e criminais, alvarás de folha corrida, localização de processos nos sistemas, fichas e livros do setor de Distribuição e o gerenciamento do resíduo de armas e objetos devem deixar de ser exercidos por quem atua na CCalc.

O Sindjus está atento aos problemas do setor, assim como das Multicons e todos da UNICAA, vez que, apesar dos avanços, ainda persistem os desafios. Por exemplo, semanalmente, os servidores da CCalc são confrontados com cálculos de diversas complexidades como parte de suas metas de desempenho, e para um trabalho que deve ser desenvolvido com foco na qualidade do serviço prestado, a multiplicidade de tarefas como o atendimento do balcão, emissão de certidões e resíduos de objetos geram dificuldades no cumprimento das metas e da efetividade do trabalho.

O Sindicato defende que o diálogo permanente com os coordenadores e gestores desses novos setores é fundamental para o aprimoramento da dinâmica de trabalho e da melhoria das condições oferecidas aos trabalhadores e trabalhadoras. “Em relação a essas novas dinâmicas de trabalho em todas as áreas, no momento, nossa grande preocupação é observar o reflexo sobre a saúde e as condições de trabalho da categoria”, apontou o secretário-geral, Fabiano Zalazar.

O Sindicato tem repercutido dados preocupantes sobre a saúde da categoria. Entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023, tivemos no TJRS 1.459 servidores afastados em licença-saúde, totalizando 39.348 dias de afastamento. Esse número representa 17% da força de trabalho adoecida na ocasião, sem contar os muitos que sofrem em silêncio. “Questões como a diminuição da jornada, metas adequadas e previsibilidade nas demandas, além da melhoria da remuneração, são fundamentais e precisam ser respeitadas e consolidadas”, pontuou o dirigente.