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Movimento será lançado no RS em live neste domingo

Consciente da importância do papel social da atividade sindical, o Sindjus/RS se soma, a partir desta sexta-feira (23/4), ao Levante Feminista Contra o Feminicídio. O movimento de caráter nacional atua para barrar o crime de feminicídio e tem como mote de campanha a frase “Nem Pense Em Me Matar” apoiada na ideia de que “quem mata uma mulher mata a humanidade”.

No Rio Grande do Sul, o lançamento do Levante será neste domingo (25/4), das 17h às 18h30, em na página do movimento no Facebook. O evento virtual contará com a leitura do manifesto, divulgação do hino da campanha, falas de ativistas e apresentações de artistas locais, será ancorado por Malu Viana e Ìyá Sandrali Bueno e contará com a presença da filósofa Márcia Tiburi – uma das idealizadoras do Levante.

“A luta pelo fim do feminicídio e pelo fim da violência contra as mulheres deve ser de toda sociedade. E cabe às entidades e organizações sociais fortalecer essa luta, debatendo formas de enfrentar esses crimes e cobrando das autoridades políticas públicas efetivas para proteger e salvar a vida das mulheres”, afirmou Ana Caroline Jardim, assistente social da comarca de Pelotas e integrante do Grupo de Trabalho de Assistentes Sociais do Sindjus (GTASS).

No Estado a articulação em torno do movimento, que tem caráter pluripartidário e autofinanciável, acontece desde março e já conta com a participação de 96 entidades e a atuação direta de quase 200 mulheres, em todas as regiões do RS. O Levante RS já realizou ações de intervenção urbana, como colagem e fixação de cartazes, pintura de muros com os girassóis e slogan em pontos estratégicos como paradas de ônibus, proximidades de mercados, farmácias e unidades de saúde.

 

Nem pense em me matar

A violência contra as mulheres e o feminicídio foram agravadas pela necessidade de isolamento social imposta pela pandemia. Além disso, a grave crise econômica e as demissões, que atingem ainda mais as mulheres, as confinou justamente no lugar mais perigoso: a casa.

Em 2020, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o RS foi quarto estado com maior taxa de feminicídios por 100 mil habitantes. Embora a Secretaria Estadual de Segurança Pública tenha divulgado queda no número de feminicídios, em comparação com março de 2020, especialistas na área apontam que o confinamento aumentou a subnotificação.

 

Manifesto

Em manifesto construído de forma coletiva o Levante Feminista Contra o Feminista pontua de forma contundente que a existência de uma “cultura de ódio” direcionada às mulheres brasileiras precisa chegar ao fim, e que a prática do crime de feminicídio “nunca esteve tão ostensiva e extremista” quanto agora, no governo de Jair Bolsonaro e sobretudo no contexto da pandemia do novo coronavírus.

Entre as denúncias, o Manifesto afirma que “ideias e atitudes misóginas transformaram-se em comportamento aceito e legitimado pela sociedade, contaminando o Executivo, o Legislativo e o Judiciário capaz de sentenças sexistas e de ressuscitar arcaicos argumentos da ‘legítima defesa da honra’ e da ‘passionalidade’ como uma espécie de ‘mérito’ para absolver criminosos. Isso confirma a negligência e inoperância do Estado Brasileiro no enfrentamento à violência contra as mulheres”. 

O Levante se conduz pela pauta feminista que, do ponto de vista das organizadoras, é inegociável. Isso significa combater a política de militarização do governo, que tem liberado o acesso a armas e munições, com objetivo de armar a população – uma plataforma publicizada por Jair Bolsonaro. Além de almejar o fim do feminicídio, o Levante quer fortalecer a democracia.

 

Agende-se:

 

🎥 O quê? Lançamento Levante Feminista Contra o Feminicídio no RS

📆Quando? 25 de abril (domingo)

🕒Horário: 17h às 18h30

📍Onde? Página do Levante Feminista Contra o Feminicídio (www.fb.com/LevanteFeminista2021)